Isso foi algo que aconteceu com a minha tia, a irmã da minha mãe.
A minha tia fazia o jogo do copo do seguinte jeito, ela pegava um espelho,
escrevia o alfabeto nele, escrevia os números e escrevia um sim e um não. Então
ela pegava um copo leve e pequeno.
A minha mão sempre falou para eu não brincar com isso, e ela elaborava muito bem
a sessão de tortura pela qual eu passaria se desobedecesse ela. Por causa disso
e outras coisas, eu nunca tive vontade de fazer isso, e depois de ler algumas
histórias sobre as pessoas que fizeram, eu me sinto aliviada por nunca ter feito
a brincadeira o copo.
Agora, a história.
O meu tio era um alcoólatra de carteirinha, até o dia que ele morreu. Ele foi
internado uma vez em uma clínica de recuperação bem longe de casa. A minha tia
decidiu que ia fazer o jogo do copo para perguntar se as coisas melhorariam. Ela
estava fazendo isso com as duas filhas dela (minhas primas). O plano era tentar
fazer contato com o meu avô, mas acabou contatando a minha avó, e ela se
recusava a deixar qualquer outro espírito se comunicar com a minha tia.
A minha tia e as minhas primas começaram a provocar o espírito da minha avó (não
me pergunta, não tenho idéia do que se passou pela cabeça de titica delas, para
elas fazerem isso) e para a surpresa delas o copo pulou no ar rodando e caiu no
chão do lado delas. Eu não sei se elas continuaram com o jogo depois disso ou se
pararam (o que qualquer pessoa em pleno juízo teria feito, mas eu não duvido
daquelas três). Depois disso coisas começaram a acontecer.
Na casa dela a cozinha fica do lado da sala de jantar, e o telefone fica na
sala. As vezes quando ela falava com a minha mãe no telefone, você podia ouvir
os armários batendo na cozinha. "Ele" ou "ela" tirava as panelas do armário e
usava como se fossem uma bateria. Isso acontecia durante o dia, quando a filha
mais nova dela estava na escola e a mais velha trabalhando. Ela sempre estava
sozinha em casa.
A garagem divide uma parede com a cozinha. O portão da garagem está sempre
trancado, e não tem nenhum outro jeito de entrar lá a não ser pelo portão. As
vezes quando você estivesse na cozinha conversando, dava para ouvir batidas na
parede.
As vezes você podia ver a sombra (de um homem, elas acham) observando você.
Outras coisas também aconteciam, mas essas são as coisas mais marcantes.
Depois que o meu tio saiu da clínica de recuperação, ele foi "comemorar" a
melhora dele enchendo a cara. Ele nunca deixou de beber,o que custou o trabalho
dele e estava destruindo o casamento também, o que levou ele a se suicidar mais
tarde. A minha tia vendeu a casa depois disso, então não tem como saber se as
coisas estranhas ainda acontecem por lá.
Eu espero que você tenha gostado da minha história.
Anônimo - Rio de Janeiro - RJ